Foi ideia dele. Vamos colocar esse cara para dar aula para nossos filhos.
O professor chegou.
Semana vai, semana vem, ele começou a frequentar mais e mais a casa, as aulas foram se intensificando…
O cara também não andava dando muita atenção para a esposa, foi o que ouvir falar.
Um belo dia aconteceu. E aí aconteceu de novo, de novo e de novo. Ali, dentro da casa deles.
Puta merda, bicho, os filhos são pequenos, nunca iam perceber. Mas eu sei que o povo da cidade devagarzinho ficou sabendo. A empregada que contou.
A mulher é toda devota, dessas purinhas de Instagram, que estão sempre falando que Deus isso, Deus aquilo.
Até o padre ficou sabendo. E o marido? Hahaha, foi o último a descobrir. Antigamente mandavam cartas anônimas, hoje só largam uma mensagem despretensiosa no direct do Instagram.
Na real o marido não acreditou muito (acho que anda se fazendo de desentendido, sabe? Minha mulher nunca faria isso, só pode ser inveja do povo), mas eles tiveram que tomar umas providências. Disseram só que o bicho ficou vermelho de raiva, pensando na possibilidade de isso ser verdade.
O professor mudou de cidade, até de estado, para bem longe (já morei por lá, por isso entendi bem a distância), arrumou uma desculpa qualquer. Mas a mulher…
Cara, fim do mundo. O que a gente sabe é que ela está num drama pessoal, entrou num buraco negro: morrendo de saudade do tal do amante (eeeeeeee, infieeeeel — saudades Marília), mas ao mesmo tempo se matando de remorso, pedindo perdão para Deus e virando toda religiosa.
A história é bem conhecida numa certa bolha, mas acho que a maioria nem desconfia da existência dessa trama.
Coisa doida.
É bom botar para fora um pouco do que eu sei, ficar guardando só para mim é um tormento, tá louco.
Prometo continuar a fofoca na próxima carta.
AMDG
Elton