Existe um nível de vício no celular que fode com sua vida.
É um negócio doido: você está tão acostumado a receber estímulos diferentes a cada segundo que já não consegue fazer nada que não te estimule nem que seja por poucos minutos, e aí seu rendimento no trabalho vai pro buraco.
Eu estava assim um tempo atrás… Estava tão habituado a milhões de estímulos que pulava de uma tarefa para outra em questão de segundos. Começava a escrever um post e já abria o WhatsApp, entrava numa reunião e ficava mexendo no Instagram, sentava para gravar um vídeo e perdia 15 minutos lendo emails aleatórios.
O trabalho se tornava 50 vezes mais exaustivo do que deveria ser e eu terminava os dias morto, com a cabeça explodindo e sem entender como eu tinha trabalhado tanto e não avançado em nada.
Demorei muito para descobrir que o problema era o celular.
O problema era não conseguir mais permanecer em nada que não fornecesse estímulos constantes e intermináveis. E vamos ser honestos: para você avançar em qualquer coisa que seja, vai precisar suportar a monotonia de horas fazendo aquilo. Montar um curso, escrever uma carta, gravar uma aula… essas são algumas das atividades criativas que exigem tempo, cabeça fresca e zero distrações.
Quando me dei conta da gravidade do buraco em que estava me metendo, sem conseguir criar nada de alta qualidade mais, fiquei maluco atrás de uma solução.
Descobri o curso de vício no celular do padre Paulo Ricardo, assisti inteiro em poucos dias e logo comecei a tomar algumas atitudes (inclusive, o curso foi tão bom que gravei 2 aulas resumindo ele para meus alunos do Condado). Algumas das principais coisas que fiz estão listadas nesse vídeo que gravei para o YouTube.
Mas a questão que quero trazer aqui para você é a seguinte: foi só começar a ficar longe do celular que parece que recuperei umas 300 horas por dia. Eu comecei a trabalhar menos e ganhar mais dinheiro. Comecei a ter mais tempo para minha família. Consegui voltar para o futebol e a academia… São tantas mudanças que parece até mentira que algo tão simples tenha sido a causa delas.
Se eu pudesse te dar um conselho seria o seguinte: descubra qual é a maior fonte dos seus problemas hoje (e eu te garanto que é um hábito ruim seu, não é seu chefe nem seu amigo e muito menos seu marido (ou sua esposa)), e faça sua prioridade máxima resolver isso.
Provavelmente você vai precisar de meses ou anos lutando, mas vai valer a pena, porque enquanto você luta, vai recuperando, pouco a pouco, sua vida.
AMDG
Elton